terça-feira, 5 de julho de 2022

SONO - HIGIENE E IMPORTÂNCIA

 Uma estrela no céu

Descrição gerada automaticamente com confiança média      ARMANDO BUENO DE CAMARGO

                              CRP – 06-93377 / CNES  7071124

                      Psicólogo Clínico - Psicanálise - Sexualidade humana

Nos preocupamos com a higiene do corpo, porém, a higiene do sono, pouca são nossas preocupações o que reflete na  qualidade de vida.

Normalmente  fatores externos e ambientais geram efeito adversos, nocivos e estressantes no momento do sono, que deve ser um horário de relaxamento, saudável  e refazimento de nossas energias para o dia seguinte, exceção aqueles que possuem distúrbio do sono, sonolência crônica diurna, ou outras possíveis patologias  significativas que alteram o ciclo do sono, que devem merecer atenção de especialistas.

Para a qualidade do sono merece nossa atenção em mudanças fundamentais na organização, rotina e hábitos de nossas atividades que induzam na qualidade do sono. 0bservação : levantar cedo é mais importante que dormir tarde.

Deve-se buscar rotinas que facilitem o relaxamento como: alimentação noturna bastante leve e distanciada do momento do repouso, evitar ingestão de grande quantidade de líquidos(para não ter que acordar vezes para esvaziamento da bexiga), evite ingestão de  cafeína, chocolates, bebidas alcoólicas, drogas psicoativas.  Prepare um ambiente silencioso e confortável, baixíssima luminosidade (para melhor produzir o hormônio melatonina) evite aparelhos luminosos como tv e celulares.

Acostume-se a levar seus problemas para o psicologo e não para cama, pois, trará um repouso e um sono saudável e necessário, aprenda a respeitar seu relógio biológico.

Prática intensa de exercícios físicos intenso e noturno, também é um fator estressante, pois canaliza  intensamente os hormônios adrenalina e cortisol, provocando excitação na hora que deveria ser de  repouso para o sono de boa qualidade.

A privação do sono traz consequência, não só na parte da saúde mental, mas a saúde física geral, pois, altera as funções hormonais;  há especialistas que  indicam que  a obesidade, depressão e ansiedade estão ligadas à qualidade do sono,  estímulos psíquicos ficam prejudicados trazendo como consequência no aprendizado e memória, altera pressão arterial, compromete a  frequência cardíaca, níveis de glicose, baixa na imunidade , funções cognitivas também podem ficar comprometidas, visto que o processamento de informações, armazenamento de memória, dificuldade de resolver problemas do cotidiano, velocidade de ação e raciocínio também podem estar afetados, além de  alteração de apetite, distúrbio de humor e  irritabilidade etc.

É durante o tempo do sono em suas diversas fases que há a consolidação da memória, há a liberação de hormônios, renovação de células, fortalecimento do sistema imunológico, restaura os níveis de energia necessárias para o próximo dia  para que seja produtivo, em suas fases podemos observar que o corpo relaxa, a respiração e batimento cardíaco  ficam mais lenta,  há um relaxamento dos músculos,

A OMS Organização Mundial de Saude, informa que entre 40 e 45% da população mundial sofre de insônia, portanto, importante que se observe a qualidade de vida resultante da qualidade do sono que está sendo conseguido, havendo dúvida,  há de se procurar ajuda médica e a psicologica apropriada, pois, a qualidade do sono vai muito além do descansar a mente e o corpo, significa na realidade qualidade de vida, saúde, estabilidade emocional, harmonia hormonal, controle do humor, diminuição do estresse do dia, em fim o bem estar geral.

 

Avenida General San Martin 116 sala 3 – Ponta da Praia  - Santos /SP –

13 98125 2793 – armandocamargo-psicologo@hotmail.com

http://lattes.cnpq.br/5903505039411054  http://armandocamargopsic.wix.com/psicologia

 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019


 COMPRADORES COMPULSIVOS


Foi na antiga Grécia que o ato de comprar se desenvolveu, onde o dinheiro alterou os valores culturais e morais da sociedade, os valores familiares mediram-se pelo poder do sistema monetário.

Até nossos dias, o ato de comprar é um êxtase, o que pode levar a um transtorno clínico, ou seja, o transtorno de compra compulsivo (oniomania - é a tendência obsessiva para fazer compras, transtorno de personalidade e mental, classificado dentro dos transtornos do impulso. Para o consumidor compulsivo, o que lhe excita é o ato de comprar, e não o objeto comprado. A pessoa quer comprar, não ter, mais ou menos deu para entender), descrito por Kraepelin médico psiquiatra. Trata-se, portanto, de uma impulsividade (impulso patológico), nem sempre consciente, e atinge a qualquer nível intelectual e idade.

Muitos estudiosos do transtorno consideram tão lesivo à saúde mental como: o transtorno de dependência do uso de drogas e álcool; transtorno obsessivo-compulsivo e do humor. Outros colocam no mesmo patamar dos transtornos: do jogo patológico, cleptomania, piromania e o dependente da internet ou ainda os transtornos alimentares.

Interessante é observar as reações anteriores e posteriores à compra: há inicialmente o descontrole compulsivo, que resulta numa euforia e alívio pela aquisição, posteriormente a depressão e sofrimento pelo arrependimento e compreensão da situação em que se colocou.  

Interessante também observar que essa compulsão atinge um número maior do sexo feminino e em fase da adolescência para a vida adulta, em comparação e proporção à compulsão pelo jogo que atinge na maioria o sexo masculino adulto.

A Psicologia e a Psiquiatria tem se debruçado sobre o assunto que merece grande preocupação, pois, todos os descontroles acarretam sofrimentos, portanto, devem ser tratados, com psicoterapia e medicamentos, diminuindo a ansiedade, e o diagnóstico preciso é necessário, pois se deve descartar o portador de transtorno bipolar.

Portanto, trata-se de uma vivencia mal adaptada, vivência com o irresistível; compras desnecessárias; compras que interferem significativamente no modo de vida pessoal e ou familiar e ainda social e financeiro. Os compradores compulsivos têm maior tendência recorrente à depressão e tendência ao suicídio quando entram em abstinência.
Armando Camargo
psicólogo


  COMPLEXO DE CULPA


Antes de entrar no mérito do complexo de culpa, é interessante saber o que é “complexo” para a psicologia.

Complexo é um conjunto de reflexos, podendo ser positivos ou negativos, que venha determinar um padrão de comportamento, idéias, imagens, pensamentos ou sentimentos. No conhecimento vulgar, complexo tem sempre um cunho pejorativo, com reflexos de superioridade ou inferioridade.

O Complexo de culpa nasce na reação psicológica contra a um impulso “às vezes” necessários, mas negados e condenados, podendo chegar a nível da irracionalidade, obsessivo, dando um viés patológico.

É também, uma reavaliação de um comportamento reprovado. Um exemplo prático: ao educar os filhos e exigir-lhes atitudes, passam em determinado momento, a odiar, até agredir (física/verbalmente), para em seguida se arrependerem, e se sentirem culpados pelo ato irracional.

Portanto, falar de complexo de culpa tem uma noção nitidamente de universalização, de autocensura, pois, todos em algum momento da vida se arrependem e se culpa por algo que tenha feito e prejudicado alguém, ou mesmo uma omissão de algo importante.

Esse sentimento é um entrave à liberdade e a felicidade, pois, cria uma pendência emocional, há algo mal resolvido, ou não resolvido no passado, como a frustração, magoa, revolta.

Esse sentimento pode levar a um processo masoquista, ou seja, autopunição, ”desejo” de sofrer para pagar e satisfazer a culpa, um processo compensatório.

Lembrando que o ser humano é o resultado de uma carga genética somado ao meio ambiente, sua atitude e valores serão resultados da formação recebida e de sua construção por toda vida, o legado recebido de gerações anteriores, sempre irão nortear e direcionar o comportamento psicossocial.

Os conceitos religiosos se calcaram no complexo de culpa para exercitar o domínio das consciências. Ou seja, os deuses estão sempre nos avaliando negativamente, pela transgressão ou por ultrapassar o tabu (dogma - norma religiosa),

Pode-se afirmar que não haveria religião sem o complexo de culpa, pois, esta se serve para doutrinar (dominar) o ser humano, para que ele se torne mais dócil, serve também, para castrar e dominá-lo, nasce, então, o vigoro “pecado”.

O passado foi construído sobre a culpa, as gerações se sucedem recebendo o patrimônio histórico das gerações passadas, isso faz com que sempre haverá o aumento da culpa, ou seja, da autopunição e às vezes condenação da própria vida, lembremos do “pecado capital”, que mesmo antes do nascer já condenaram aquele que viria a ser. Também chamado “pecado adâmico”, que teria sido o primeiro ser humano a cometer pecado “o de amar”, e com isso, condenando a toda humanidade, pelo pecado original.

A culpa além de aprisionar a liberdade, a criação, faz com que a humanidade esteja sempre calcada na salvação pela ação compensatória, muitas vezes, artificiais, sem o sentir realmente, nessa esteira de esperança nasceu o céu, o purgatório e o inferno religioso.

Encarar a vida com todas suas vicissitudes e limites, não é tarefa fácil, pelo contrário, há muito de frustração e mágoas a serem resignificadas, mas é o único caminho possível de evolução, crescer sem culpa exige reavaliação de toda uma cultura imanente recebida.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

  1. QUANDO A ANSIEDADE TOMA O COMANDO DE NOSSA VIDA

A ansiedade, estado de apreensão constante, a grande vilã social  do mundo moderno,  é algo intrínseco ao funcionamento do corpo físico, por isso é considerada um estado emocional primário e importante de sobrevivência humana, mas é com a quantidade de ansiedade que devemos nos preocupar, pois, com base no nível patológico, ganhou o estigma de atrapalhar a interrelação do indivíduo,  uma vez que abrange a todos, independente de idade, posição social e cultural.


Ansiedade é boa no sentido de nos levar a reagir diante de algum perigo iminente, focando nossa atenção e colocando o corpo sob alerta; ruim quando faz sentir desprotegido, causando danos emocionais (tensão, apreensão e inquietação), e desconcentrando de tarefas simples e rotineiras, porém necessárias a sobrevida.

Cada indivíduo tem seu limite de estresse que a ansiedade provoca, por isso é importante haver o autoconhecimento e escolher uma técnica que possa minorar “os estragos”, pois a ansiedade provoca uma descarga de adrenalina para que o físico esteja alerta e tenha condições de agir, tornando-se prejudicial (patológico).

 A ansiedade é o medo em excesso:  medo de desemprego, da vida amorosa, construção da felicidade, saúde etc.,  pode causar desarmonia ao sistema nervoso autônomo, e seu diagnóstico é de difícil constatação, pois é muito pessoal, cada um tem uma resistência ou necessidade pessoal, dos quais, os principais sintomas:

Medo, irritabilidade, nervosismo, falta de concentração, confusão mental, tensão muscular, “pré”ocupação, sudorese, taquicardia, voz hesitante, tremores, impaciência, falta de ar, boca seca, cólicas, insegurança, insônia, mãos tremulas,  cansaço etc.

Com certeza essa sensação é milenar no homem, outrora, preservação da  própria vida,  medo de epidemias, como a peste bubônica, febre amarela, e é interessante notar, que quanto maior for  o nível de exigência pessoal, maior será o grau de ansiedade que portará, o chamado pela psicologia de exigências do  superego.

A ansiedade tem origem em nossos pensamentos, somente consegue-se controlar com medicamentos e com sessões de terapia como um psicólogo, que poderá ser descoberto os motivos e minimizar seus efeitos.

Práticas para controlar a ansiedade:


Exercícios de respiração (aspiração e expiração compassadas e preferencialmente abdominais); corrigir postura (ereta); praticar regularmente exercícios físicos com orientação de um profissional; viver o presente, não remova o passado, não há por que controlar tudo a sua volta e meditação, mas, além de tudo, preparar-se para situações previsíveis e iminentes e tente identificar a origem da ansiedade, e por último, consulte um psicólogo, divida com ele suas dúvidas, seus medos suas expectativas, com certeza ele ensinará uma nova postura e isso melhorará sua qualidade de vida, o que permitirá conquistar o comando e condução da própria vida.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

 COMO É DIFICIL O DIZER “NÃO”.

Uma pergunta constante em nossas mentes é: porque eu não consegui dizer não???

Naturalmente nem todas as pessoas são assim, mas, com certeza a grande maioria se diz compelida a dizer sim, mesmo querendo dizer não. Agimos, na realidade contra nossos interesses para agradar alguém, interesse de um ganho secundário, ou seja, ser aceitos.

Existe uma componente psicológica nessa atitude, qual seja: não querendo desagradar nosso interlocutor, ser desagradável a alguém, ou entrar em atrito, ou mesmo para autopreservação. Indiretamente não nos respeitamos, apenas queremos ser "bonzinhos", aos olhos dos outros.

É interessante observar que mesmo sabendo que não podendo atender e agradar a todos, no entanto, qual um super-homem,  insiste em dizer sim, ainda que lhe afete diretamente essa resposta. Não se apercebe que conviver com outras pessoas implica o sim e o não, e o outro têm que aceitar os limites, assim como,  tem os seus próprios.

Se racionalizasse haveria a pergunta: o que fazer com essa pessoa, qual a consequência em dizer não?; mais que isso, é uma forma de preservação, de colocar um limite, e se dizer não, pode acarretar dificuldades, não dizer poderia trazer consequências maiores?

Normalmente se é mais exigente com familiares do que no social, há a noção de que quando se nega aos filhos alguma coisa, ensinando limites, e indiretamente impondo-se hierarquia e poder de decisão. Estabelecer limite aos filhos é muito saudável, é uma forma de educar os futuros déspotas, delinquentes, agressivos, impacientes, que não conseguem conviver com o não, ou com a experiência da derrota. Naturalmente não se está fazendo apologia do não, e do dever de abaixar a cabeça, acomodar-se, mas perceber as circunstâncias do não.
Às vezes, surgem situações que há de se escolher entre ficar aborrecido por ter se mantido quieto, sem retrucar, ou simplesmente ter dito sim, ou agir para se defender, e aborrecer alguém, que seja a segunda opção, mostrando limites da aquiescência e da disponibilidade.

Ainda que seja difícil, talvez se leve uma vida inteira para aprender a dizer não na hora certa, mas ainda assim, deve-se exercitar a livre escolha, e o direito de o dizer, quando assim julgar que é a forma mais conveniente.


Temos a considerar que o sacrifício (sofrimento) que leva alguém a solicitar algo, o que impõem desprendimento, coragem, vulnerabilidade, mas antes da resposta deve-se ponderar: se provocar a raiva e ódio a responsabilidade é do outro, nunca a nossa, pois, se ponderarmos e escolhemos a melhor resposta


 AGRESSIVIDADE

Agressividade não dá para ser observada por uma única ciência humana. Estudos revelam que a agressão é um ato impulsivo do comportamento, que em última estância é um processo de autodefesa.

A agressividade se revela em atos que envolvem o emocional, este impulsivo e comportamental  traz uma característica de pulsão de vida, ou seja, uma alerta constante de defesa.

Agressividade também aparece em atos de autoagressão, haja vista os rituais masoquistas e de automutilação, chegando a extremos como o suicídio. Notadamente com pessoas que possuem autoestima extremamente rebaixado (que sofreram humilhação e processam a condição de menor valia), e ou com problemas psicológicos não cuidados a tempo.

Agressividade também surge no sentido dissimulado, através do sarcasmo e o cinismo, notadamente em pessoas arrogantes e orgulhosas, que revelam pessoas inibidas ou com autoestima rebaixado, essa forma de se expressar revelar seu verdadeiro caráter.

No entanto, temos que divisar o conceito de agressividade e violência, pois, esse paradoxo, traz semelhanças e desigualdade, como: Agressão é um ato instintivo, um impulso inato do organismo mental, que se expressa em uma atividade de autoproteção, autoafirmação, podendo chegar ao nível de crueldade, onde toda a violência é uma agressão, mas nem toda agressão é uma violência, e todas as formas de agressão podem levar à violência, dependendo do grau de intensidade.

As formas de agressividades têm duas origem, sendo; filogenética, uma programação comum a todos os homens, por sua adaptação de sobrevivência, como impulso de atacar ou fugir, e a segunda de origem biológica (patológica), que tem como objetivo a destruição e crueldade, que via de regra, retratam traços como: possessividade, timidez, cisão do mundo real e do mundo ideal (psicóticos – esquizofrênicos) o que em tese representa “distúrbio de personalidade impulsiva – agressiva – e distúrbio de personalidade antissocial.

Alguns fatores sociais desencadeiam a agressividade, estimulam a violência, mormente entre os jovens, devido à carência emocional, financeira, social, conflitos no lar ou mesmo a inserção em grupos organizado e agressivo de origem, como os demandam preconceitos de qualquer ordem.

O estado e a religião têm papel importante como fatores socializante familiar e do indivíduo particularmente, e coibir na medida do possível, através da educação minimizar a agressividade sócio histórica de cada individuo social.

Diante da dificuldade de localização precisa sobre a gênese da agressividade e da violência humana, fica uma esperança que novas ciências como a neurociência, a psicologia, a biologia, a sociologia, sejam capazes de observar com profundidade esse aspecto, permitindo ao sujeito reequilibrar de uma maneira mais branda e mais sociável no meio em que vive.


Esperança, portanto, nas novas gerações, que possa ser sucessão de criaturas mais amorosas e mais responsáveis com o equilíbrio emocional, e que a racionalização permita menor agressividade e agressões.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

COMO É DIFÍCIL DIZER “NÃO”.

Uma pergunta constante em nossas mentes é: "porque eu não consegui dizer não"???

Naturalmente nem todas as pessoas são assim, mas, com certeza a grande maioria se diz compelida a dizer "sim", mesmo querendo dizer não. Agimos, na realidade contra nossos interesses para agradar alguém, interesse de um ganho secundário, ou seja, ser aceitos socialmente.

Existe uma componente psicológica nessa atitude, qual seja: não querendo desagradar nosso interlocutor, ser desagradável a alguém, ou entrar em atrito, ou mesmo para autopreservação. 

Indiretamente não nos respeitamos, apenas queremos ser bonzinhos, aos olhos dos outros.

É interessante observar que mesmo sabendo que não podendo atender e agradar a todos, no entanto, qual um super-homem, insiste-se a dizer sim, ainda que lhe afete diretamente essa resposta. Não se apercebe que conviver com outras pessoas implica o sim e o não, e o outro têm que aceitar os limites, assim como,  tem os seus próprios.

Se racionalizasse haveria a pergunta: "o que fazer com essa pessoa, qual a consequência em dizer não?"; mas isso é uma forma de preservação, de colocar um limite, e se dizer não pode acarretar dificuldades, não dizer poderá trazer consequências maiores?

Normalmente se é mais exigente com familiares do que socialmente, há a noção de que quando se nega aos filhos alguma coisa, ensinando-lhes limites, e indiretamente impõe-se hierarquia e poder de decisão. Estabelecer limite aos filhos é muito saudável, é melhor forma de educar "os futuros déspotas, delinquentes, agressivos, impacientes", que não conseguem conviver com o não, ou com a experiência da derrota. Naturalmente não se está fazendo apologia do não, e do dever de abaixar a cabeça, acomodar-se, mas perceber as circunstâncias do não.

Às vezes, surgem situações que há de se escolher entre ficar aborrecido por ter se mantido quieto, sem retrucar, ou simplesmente ter dito sim, ou agir para se defender, e aborrecer alguém, que seja a segunda opção, mostrando limites da aquiescência e da disponibilidade.

Ainda que seja difícil, talvez se leve uma vida inteira para aprender a dizer não na hora certa, mas ainda assim, deve-se exercitar a livre escolha, e o direito de o dizer, quando assim julgar que é a forma e o momento mais conveniente.


Temos a considerar que o sacrifício (sofrimento) que leva alguém a solicitar (pedir) algo, o que lhe impõe desprendimento, coragem, vulnerabilidade, mas antes da resposta há de se ponderar: se provocar a raiva e ódio a responsabilidade é do outro, nunca a nossa, pois, se ponderado escolhemos a melhor resposta

Armando.